quinta-feira, 12 de março de 2009

Fisiologia do Abraço

Os olhos se cruzam espontaneamente, e o brilho característico do sentimento lhes faz marejar. Dois pares de olhos, fixos um no outro, fitando-se com o entusiasmo da pulsação do coração que acelera. Os cantos dos olhos se comprimem, revelando que logo abaixo a boca sorri...

Todo o rosto se ilumina.

O impulso joga um corpo contra o outro, numa ânsia por movimento e unidade, que logo peito e peito se encontram, como se os corações fossem bater lado a lado. Ah, e os braços... fortes, eles envolvem os corpos, transportando calor de um para o outro. Uma fusão de corpos, felizes.

E este abraço, ainda que mudo, transmite entre os corpos alguns sentimentos. São duas estações de rádio transmitindo na mesma freqüência, comunicando-se. A mensagem é a mesma, o ritmo e a melodia se completam, e os corpos ficam juntos até que sejam levados à exaustão.

Após este momento mágico, separam-se, mas sem esmorecer no sentimento, que será perpétuo.

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